► TIPOS DE FIBRA MUSCULAR
Prof. Diéckson dos Santos. CREF 010648-G/RS
Graduado em Educação Física pela ULBRA, com experiência em treinamento desportivo e musculação de alto rendimento e promoção à saúde.
O ser humano é dotado geneticamente de dois tipos básicos de fibra muscular, podendo predominar uma ou outra. A primeira de coloração vermelha, é chamada de Tipo I ou de contração lenta; a segunda, de coloração branca, é chamada de Tipo II ou de contração rápida.
Tipo I – As fibras de contração lenta, também chamadas de oxidativas (aeróbias), por dependerem do oxigênio que respiramos para a sua contração, são menores e mais fracas, com menor poder hipertrófico (aumento da secção transversa do músculo – volume muscular) e taxa de disparo axonal (impulso motor). Porém, possuem alta resistência à fadiga, favorecendo assim atletas de provas do tipo endurance (resistência aeróbia). Ex: Maratona.
Tipo II – Subdivididas em IIa (glicolítica-oxidativa ou intermediárias) e IIb (glicolítica), as fibras de contração rápida, dependentes de carboidrato e daí classificadas como glicolíticas (anaeróbias), são maiores e mais fortes, possuindo um maior poder hipertrófico e taxa de disparo axonal, tendo moderada (IIa) e baixa (IIb) resistência à fadiga, ideal para atletas de velocidade e movimentos explosivos. Ex: 200m rasos e ginástica olímpica.
Um terceiro subtipo de fibra, as do tipo IIc, são mais raras e indefinidas até o início da puberdade. Segundo estudos anteriores e algumas bibliografias, se a criança for submetida a esforços de alta intensidade antes deste período, as fibras IIc se tornarão permanentemente IIa ou IIb, caso contrário serão fibras do tipo I.
As fibras musculares obedecem a uma ordem sincrônica de recrutamento chamada “PRINCÍPIO DO TAMANHO” (Henneman,1979), fazendo com que as fibras vermelhas (menores), sejam contraídas primeiro que as brancas (maiores), porém, movimentos velozes e potentes, que exijam muita força e maior capacidade contrátil, não obedecem a este princípio, recrutando diretamente as fibras de contração rápida, especialmente as do tipo IIb.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
DANTAS, Estélio H. M. A prática da preparação física, 5ª edição – Rio de Janeiro: Shape. 2003.
McARDLE, William D.: Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. ed. 2003.
WEINECK, Erlangen J. Futebol total: O treinamento físico no futebol. Phorte Editora – Guarulhos, SP. 2000.
UCHIDA, M. C; CHARRO, M. A; BACURAU, R. F. P; NAVARRO, F; PONTES Jr., F. L. Manual de musculação – Uma abordagem teórico-prático do treinamento de força, 4ª edição, 2006.
GUIMARÃES NETO, Waldemar Marques. Musculação: anabolismo total, Guarulhos, SP: Phorte, 1997
muito legal
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